quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CUIDAR DA SAÚDE PASSA POR AQUI.

Sobreviver a tantos problemas nos tornam mais fortes ao longo da vida, por essa razão fiz do esporte minha válvula de escape, um lugar onde poderia extravasar meus problemas, o esporte me colocou no caminho do bem e afastou a possibilidade de insucesso na vida, no entanto as falhas ou erros te fazem repensar tudo que está fazendo, tentar de formas diferentes e que melhor se adapte ao seu estilo de vida, no esporte seus erros são penalizados com derrotas, e são elas que te fazem se tornar um atleta melhor.

Na vida o erro se transforma quase sempre num pedido de desculpas, e eu sempre digo que a melhor maneira de evitar esse tipo de constrangimento é você prevenir ou antever um problema, não somos feitos de aço, não somos a prova de balas, não temos super poderes, essa sensação nós temos na adolescência, achamos que nada vai acontecer conosco, que nunca ficaremos velhos, e que qualquer ato passará impune.

Eu estou dizendo isso porque vejo neste momento de ENEM percebo que nossos jovens querem acertar, e muitas ações positivas acontecem, só falta dar mais oportunidades a esses jovens principalmente os das comunidades carentes, pois existe um universo muito desfavorável a eles, é uma declaração do secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro o Sr Mariano Beltrame é fato, ele disse: "não adianta a ação da polícia nas comunidades se os serviços públicos não chegarem" e em complemento ao que disse o senhor secretário eu digo, se só polícia estiver lá vira guerra urbana.

As possibilidades de inserção do cidadão mais jovem a sociedade será facilitada através do esporte, das artes, da cultura, essas ações levam cultura as pessoas que precisam e querem acesso, e não adianta falar que as redes sociais ajudam, pois a orientação organizada e consciente, pois i que existe nas redes sociais são de toda natureza, e vai de um simples abc, até armamento, jogos violentos, sexo e muita perversão, a orientação coloca um senso moral mais claro para as pessoas.

Dito isso; quando a gente leva um tombo na vida o que pensamos de imediato normalmente a gente eleva o pensamento a Deus não é mesmo? É tipo assim: ai meu Deus, ou então Meu Deus, e tem uns mais radicais que pensam meu Deus Ferrou, isso para não colocar um palavrão no texto não é mesmo rs...!!

Portanto cuide da saúde praticando atividade física, leiam bons livros, curtam bons filmes, utilizem o tempo ósseo com coisas que fortaleça seus coros e espíritos, assim vocês estarão preparados para qualquer obstáculo que pode ou não derrubar vocês, no entanto as chances de sucesso aumentam consideravelmente com preparação, as oportunidades aparecerão, mais cedo ou mais tarde, e um dica minha é não ficar parado esperando, afinal temos as redes sociais para iniciar pesquisas, e as ruas para serem exploradas de maneira inteligente e construtiva.

um forte abraço pra geral!!

www.robsoncaetanodasilva.com.br

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

As barreiras e buracos da vida!

Avida seguia no atletismo, e ia tudo de vento em popa, mas na escola comecei a entrar numa rota de colisão com a reprovação, a primeira que poderia ter acontecido na minha vida, e caso isso acontecesse, eu teria o direito a me alimentar na Coca cola, e a pequena, mas muito importante ajuda de custo cortada.

Eu estudava na Escola General Osório em Coelho Neto, bem proximo a Avenida Brasil, e fazia os cursos profissionalizantes no Malba Tahan em Iraja, essas escolas foram minha porta de entrada no universo do esporte, ja que foi através delas e na fase adolescente que realizei minha primeira competição.

A Professora Sonia Ricette entrou em ação e me ajudou a realizar aulas extras para poder realizar as provas, já que estava começando a viajar muito, ela foi resolver a questão com o órgão responsável pelas escolas daquela região e conseguiu implementar uma regra que passou a ser seguida para alunos em situação especial como eu, e por conta desta intervenção pude recuperar e ser aprovado na 7 serie, do ensino médio.

O Estádio Célio de Barros era uma pista de treinamento que recebia competições oficiais também e isso a desgastou muito, tanto que numa determinada época eu tinha barreiras na vida e buracos na pista para superar rs..., mas foi importante ter treinado em meio ao caos, pois aprendi a dar valor a cada vitória, e quando me tornei atleta de alto rendimento, com seções diárias de treinamento que chegavam a 9 horas ininterruptas de treinamento, com intervalos para uma agua, ou barra de cereal comecei uma luta para a remodelação do estádio e recuperação da pista, e claro conseguimos, pois treinando numa pista muito ruim fomos aos jogos e conseguimos uma medalha nos 200 metros.

Antes porém de chegar aos jogos de Seul tive a chance de participar dos jogos de Los Angeles em 1984, foi assim eu competi pela primeira vez oficialmente em 1980, e 4 anos depois estava numa olimpíada, e 6 anos depois de iniciar no atletismo, o que me colocava numa lista de bem dotados do esporte, mas essa olimpíada foi um aprendizado e transformaria minha vida, tudo por conta de um dos casos mais interessantes dos jogos, entre tantos, como por exemplo quarto destruído por um nadador, a suspeita de doping, de alguns atletas brasileiros, a falta de respeito

Minha trajetória até os jogos passaria por uma escolha que foi ficar no Botafogo, ou seguir para São Paulo, ja que havia recebido um convite para treinar em Guarulhos, pois com o acidente do João Carlos em 1981, a referencia no salto em distancia em triplo estava abalada, e como tinha me destacado nas duas provas e ainda corria bem os 100 metros, e já era recordista sul americano Juvenil dos 100 metros com 10.32 segundos, tinha saltado 7 metros e 40 centímetros, precisava apenas apurar o salto triplo.

Esse convite veio por conta de uma prova de 100 metros realizada em Curitiba em 1982, quando 2 juvenis entraram na prova dos adultos e fizeram a festa, eles venceram eliminatórias de grandes nomes da época como Nunes, Bagre, Altevir, Nakaia, e com isso conquistaram vaga para competições como mundial Junior no Mexico, mundial adulto em Helsinque e o Pan-americano adulto realizado em Caracas na Venezuela, e neste Pan conquistaram junto com Nelson Rocha e Gerson Andrade uma medalha de bronze, seus nomes João Batista Eugenio e Robson Caetano Da Silva, um paraibano, que tinha uma curva que dava gosto de ver correndo, e um carioca que se tornou um velocista de prova curta mesmo sendo alto e magro.   

Começava então o caminho para os jogos de Los Angeles, que conto numa próxima.

Robson Caetano Da Silva
www.robsoncaetanodasilva.com.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Entendendo o Jogo e passando mais perrengue.

Em 1981 eu retornei a São Paulo para competir o campeonato infanto juvenil que reunia jovens até 15 anos, e la estávamos convocados para o salto em distancia, uma prova que eu gosto muito, e chegando a São Paulo fomos todos direto aos vestiários e logo em seguida jantar, e como um bando de fominhas recheamos o refeitório com meninas bonitas, e muito bom humor, mas comemos bem, o engraçado é que a equipe de São Paulo não estava e nos com nossas camisetas azuis dominamos.

Durante a noite foi uma tranquilidade e logo no dia seguinte eu tinha a minha prova para realizar, eu disse tranquila?? Nããããããããoooooo!!!!  Encaramos uma tremenda diarreia, aliás todos os times que estavam alojados no alojamento do Ginásio Ibirapuera, e o mais engraçado de tudo era a correria para a disputa de um vaso sanitário. Amigos sofremos com a diarreia a noite toda, e no dia seguinte eu ainda tentava recuperar da noite mal dormida e da desidratação.

Depois de aquecer com dificuldade fu para a pista tentar saltar em distância, quando me preparava para saltar, eu senti um desconforto estomacal, bom pra quem já teve dor de barriga, sabe aquele no que dá no estomago e que desce em direção ao ânus, parecendo uma bomba?? Pois é senti esta sensação e sai correndo na direção do banheiro sem sequer tirar os sapatos especiais que são usados apenas sobre a borracha da pista, que na época era tartam, e o mesmo cheiro de borracha que me estimulou a entrar para o atletismo agora estava embrulhando meu estomago.

Foi um desespero, e juro que se tivesse alguém no caminho eu iria ficar numa situação muito delicada, e por sorte achei no banheiro um vaso vago, muito sujo, mas não deu tempo nem de pensar muito agachei feito mulher tendo num parto de cócoras, e fiquei por muitos minutos ali, Consegui retornar para a prova e saltei miserentos 6 metros e 25 centímetros ficando em quinto lugar.

A competição transcorria com todo aquele desconforto estomacal, quando algum técnico disse que achava que tínhamos sofrido contaminação estomacal pela comida, (eu acho que fomos todos sabotados rs...), aos poucos as coisas foram melhorando, eu já estava abalado, pois cheguei na competição como favorito a vencer a prova e tinha terminado em quinto lugar, naquela noite um dos técnicos da seleção carioca Chamado Alexandre entrou no quarto perguntando quem já tinha corrido os 400 metros, como eu já tinha tido uma decepção no salto em distancia levantei a mão, ele então perguntou "qual o seu tempo nos 400 filho", e eu disse que era 49 segundos, os meus companheiros não entenderam nada, a prova era para ser corrida em semifinal e final no domingo, mas eu já estava chateado e pensei; o que uma voltinha na pista pode me fazer?/

No domingo eu fui com a equipe para o aquecimento, e todos desidratados, eu muito e completamente leigo na prova, fui escalado para ser o primeiro homem, corremos na raia 1, e eu me lembro da sensação de nervosismo quando o arbitro disse as suas marcas, e depois do tiro de partida sai correndo feito um jegue solto no pasto, depois de 150 metros eu rezava para acabar logo aquilo, pois o sol estava um tanto forte, eu entreguei o bastão para o companheiro e rapidamente procurei sombra, não vi em que posição chegamos, mas rezava para não termos classificado. Eu sai procurando um lugar para beber água e só encontrei uma lanchonete, e parecendo um zumbi tomei uma bebida de limão com gás e cai desmaiado, não sei quanto tempo passou, mas lembro de um amigo da seleção caroca me chamando e me reanimando, esse era o Robson Maia,  ele já estava me procurando tínhamos conseguido passar para a final, e quando ele me disse isso eu desmoronei mais uma vez, e isso pode ter causado um trauma, pois tive que correr mais uma vez na raia 1 e sentir tudo aquilo que senti da primeira vez, só que agora apavorado pois já conhecia a prova, quer dize eu sabia  que enfrentaria..., terminamos em terceiro lugar e completamente devastados pela desidratação.

No retorno ao Rio recebi um puxão de orelha claro, mas estava feliz por ter viajado sozinho com a seleção carioca, e isso aos 14 anos de idade, uma vitória para um menino que saiu de uma favela chamada Nova holanda da qual me orgulho muito e estava tendo as primeiras oportunidades de mostrar e representar a comunidade, e apesar de morar na Fazenda Botafogo nunca esqueci minhas origens.

A competição seguinte foi o JEBs Jogos Escolares Brasileiros com  Brasil inteiro e várias escolas participando, então conheci Brasilia, mas essa história eu conto outra hora, esta bem??

Robson Caetano da Silva
www.robsoncaetanodasilva.com.br





terça-feira, 6 de outubro de 2015

NOVAS EXPERIENCIAS, APRENDIZADOS.
Viver é tão simples e nascemos par o sucesso, e não par o fracasso, e foi com esse pensamento que sempre lutei por tudo em minha vida, e não foi diferente na minha batalha dentro do atletismo, como havia dito as mudanças foram benéficas para minha permanência no atletismo.
O que aprendi numa simples ida a São paulo para uma competição foi tremendo.
Quando tive a chance de me
 alimentar um pouco melhor os problemas surgiram na escola, pois mergulhei 1000% no treinamento, e comecei a viajar, e a preparação me motivava, a cada dor muscular me sentia vivo e crescendo, foi quando estive na minha primeira competição fora do Rio, o ano 1981, estava no campeonato brasileiro adulto pelo Botafogo, para correr o revezamento 4/100, e sentado na escadaria do estadio Icaro de Castro Melo no Ibirapuera, vi uma final de 100 metros adulto, e vi um tal João carlos de Oliveira correr 10.1 na semi-final e junto Katsuiko Nakaia, Nelson Rocha, Nunez, Altevir Araújo, Floriano, Bagre..., enfim uma legião que corria de 10.4 para 10.1, aliás o recorde brasieliro tinha 6 atletas recordistas brasileiros.

Foi uma competição na qual eu aprendi muito apenas observando, e quando vi o João Carlos de Oliveira passar por mim nas escadaria, perguntei para a Sonia quando eu teria as pernas tão fortes quanto ele, a resposta era sempre a mesma "treine, treine e treine, e quando cansar treine, mais um pouco, pois enquanto a gente descansa, ou para tem sempre alguém treinando para ser melhor que você"! 

As lições mais importantes retirei nesta fase da vida, e é exatamente quando precisamos de pessoas acreditando na nossa capacidade, e tive sempre muita gente acreditando, para vocês terem uma ideia eu vivia entre a casa de minha mãe dona Georgete e de tios de consideração Nilcea e José Couto que me pegaram para cuidar quando perdi a minha tutora aos 10 anos de idade chamada Maria Eugenia, esses tios e meus primos la do Morro do Amorim me deram muita força, e meu tio inclusive foi o primeiro a me dar um dinheirinho para esta minha primeira viagem para São Paulo.

Eu fui muito afortunado por ter ido junto com o time do Botafogo, quer dizer de ônibus de carreira, pois era assim que fomos para o campeonato mais importante do pais, depois de ver recebi outro presente, retornei para o Rio de Janeiro de carona no ônibus da Gama Filho, Era muito tímido, e isso me atrapalhou, pois passei do ponto e fui parar num lugar que nunca tinha ido, um tal de Campinho, e eu ali junto com um outros garotos e com um que se tornaria meu irmão na vida chamado Robson Maia, bom sem grana o jeito foi dar calote outra vez para chegar em casa rs...!!

Esse foi um perrengue necessário para meu crescimento, afinal sempre fui muito independente, era eu quem ia para a fila das escolas onde me matriculei para conseguir a vaga, corri atras de todos os cursos que fiz, e essa proatividade e extinto me tornaram um atleta, profissional, aluno autodidata. Falando em aluno eu quase repeti de ano na quinta série o que me atrapalharia no patrocínio da Coca Cola, e como a gente reverteu essa situação eu conto outra hora.

Robson Caetano Da Silva
www.robsoncaetanodasilva.com.br 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Oportunidade na escola

Estudava numa escola pública chamada General Osório, que tinha convenio com a Colégio Malba Tahan em Iraja, e lá tive o primeiro contato com tecnicas agricolas, comerciais e artisticas, educação fisica num outro nivel e lá conheci o Professor Eleandro, o bom de bola, que elaborou um projeto para aproveitar um espaço onde não havia hortaliça, do curso da escola, para fazer uma pista para salto em distacia com uma caixa de areia, e ali tinha um contato maior com o atletismo, e foi durante as primeiras aulas que o professor Eleandro me fez um convite para representar a escola num evento chamado Pentatlo Nacional.

La fui eu de encontro ao Célio Negreiro de barros mais uma vez, só que desta vez eu iria entrar na pista para competir, ja que não era federado e tinha ali a chance de pisar naquele solo sagrado, onde João Carlos de Oliveira, Adhemar Ferreira da Silva, Rui e Delmo da Silva, Nelson Prudencio Joaquim Carvalho Cruz e José Teles da Conceição, todos atletas olímpicos medalhistas.

Eu comecei então uma seleção entre milhares de jovens para obter uma vaga para o projeto da Coca Cola, de descoberta de talentos, iniciei nos 100 metros e corri bem vencendo minha série e ficando em segundo no geral com 11.3 atras de um atleta chamado Norberto.

Fomos para o Salto em distancia e lá mandei super bem saltando 6 metros e 90 centímetros nesta eu venci geral, no salto em altura consegui saltar 1 metro e 80 centímetros, e não é que o tal Norberto estava la de novo, e o pior o garoto era baixinho, mas conseguiu saltar 1 metro e 95 de altura caraca!!!

Veio então o arremesso de peso, e mais uma vez perdi no geral para o Norberto, e os 1500 metros eu venci, total de vitorias 2 no geral, contra 3 do tal Norberto, e com isso perdi a chance de ir a Governador Valadares para a etapa nacional, e consequentemente não fui aos Estados Unidos da America, esse era o premio para os jovens que se destacassem em todas as etapas, e eu fiquei muito chateado, para não dizer "puto da vida"!!!

Na saída do estádio um técnico chamado Luiz Carlos me abordou e me fez um convite incrível para treinar com ele e competir pelo Flamengo, eu disse a ele que teria que conversar com a Sonia e logo imediatamente ele desfez o convite, pois devia respeita a ela e ao professor Aílton, e tive a certeza de que, esse esporte me educaria e me faria uma pessoa de palavra e de caráter, e essa mulher chamada Sonia Ricette se tornou responsável por parte da formação deste caráter, e agradeço demais a Deus por ter posto essa figura impar na minha vida!!
Voltei aos treinos com a Sonia naquela dureza, logo os rumores do garoto magrelo que havia saltado quase 7 metros se espalhou, foi quando numa ida ao estádio para assistir uma etapa do Troféu Brasil eu vi um atleta miudinho e com uma frequência de passada incrível venceu os 200 metros, então tinha que perguntar para ele como ele tinha feito aquilo, o nome dele Nelson Rocha dos Santos, e a resposta que ele me deu foi: "basta você treinar que irá fazer muito melhor", foi quando tive a certeza de que estava no lugar certo e cercado pelas pessoas certas, e segui treinando.

Estava atravessando aquela fase muito complicada que todo  adolescente passa, de duvidas e precisando conquistar em casa o respeito pelo que estava fazendo, ja que não ganhava nada, neste momento meu avô fez o celebre comentário; "põe esse menino no cais para trabalhar na estiva" e isso me deixou muito triste, pois acreditava que podia ser o tal olímpico.

A Sonia Ricette fazia compras para suplementar minha alimentação
que era muito fraca para a quantidade de treinamento que estava realizando, quando a Coca Cola através do jornalista Sergio Leitão me fez um convite sensacional, primeiro eu seria um dos atletas patrocinados pela marca, e outra teria direito a almoçar na sede da empresa em Botafogo, assim eu treinaria e realizaria uma refeição decente na rua Mena Barreto onde era a sede administrativa da empresa, as coisas então melhoraram muito.

Outra hora eu conto como melhoraram as coisas.

Abs.

Robson Caetano Da Silva

domingo, 4 de outubro de 2015

Treinamento, treinamento e consciencia.

Treinando duas vezes por semana as terças quando conseguia, e aos sábados sem falta, eu comecei a me enveredar por um universo onde os grandes para mim eram os meus companheiros mais antigos como: Wilson Rosa, Roulien, Ovaldinho, entre outros, e tinha no meio de toda essa gente uma senhora chamada Dona Rosa, que era nossa roupeira e vivia em Niteroi, uma daquelas figuras que se tornam nosso anjo da Guarda.

Ela me deu conselhos que foram fundamentais para que eu não desistisse, e me lembro perfeitamente de um dia em que cheguei muito aborrecido porque os "grandes " retornaram de carro depois do treino na Escola de Educação Física do Exercito na Urca, e eu voltei correndo até o Botafogo; ela me disse para fazer meu caminho treinando e me dedicando, pois um dia seria minha vez de ter a atenção da treinadora, que era a Sonia.

Eu me senti motivado e treinava para mostrar que podia ser um dos "grandes", ai então esse conceito mudou, pois conheci um auxiliar de luxo que a Sonia tinha chamado Ailton Da Conceição, ele me disse a seguinte frase: "Para ser grande você tem que pensar como olímpico", e me perguntou o que eu via naqueles caras que estavam treinando comigo, e eu disse que para mim eles eram o máximo.

O professor Ailton e a Sonia me levaram então para ver o que eles tinham de especial, e isso faria minha concepção de grande mudar radicalmente, os professores então me levaram num sábado de competição para seguir a rotina dos que eu considerava grandes.

Fomos treinar leve na Urca, depois fomos a sede do Botafogo, que era chamada de Mourisco, e vi então os caras fazendo uma refeição de rei, e eu só podia olhar, mas já me estimulou a querer aquilo pra mim, depois fui de ônibus claro até o Célio de Barros, e quando entrei la e senti o cheiro da borracha vermelha que se chama tartan. fiquei completamente apaixonado por aquilo, mas o melhor estava por vir.

Quando estava curtindo todo aquele universo vi uma das coisas
mais incríveis que um menino podia ver, o onibus da Universidade Gama Filho estacionando e os atletas da Agremiação descendo com seus uniformes, e camisetas azuis, que diga-se de passagem é minha cor favorita, e os caras tinham um astral, uma aura que me fez ficar com uma inveja danada de tido aquilo, foi então que me veio a cabeça as palavras da dona Rosa, e do Ailton, "faça seu caminho" e "Pense Olímpico" eu entrei em outra sintonia e passei a treinar com mais vontade de me tornar aquilo que vi no Célio de barros e os atletas do botafogo que achava "grandes", sequer fizeram frente a equipe da Gama Filho, e o Botafogo no Estadual foi massacrado.

O tempo foi passando e eu nunca era incluído na lista de competidores do botafogo, eram sempre os mesmos, e eu ja estava prestes a jogar tudo fora quando surgiu uma oportunidade incrível e que eu vou contar num outro dia!!

Um forte abraço.
Robson Caetano Da Silva
#robsoncaetanomedalhista

sábado, 3 de outubro de 2015

O inicio geral de tudo.

Era 1978 a copa do mundo era o auge do esporte naquele ano, e o Brasil parava para ver a seleção jogar, e não era pra menos, pois ali estavam talentosos jogadores guiados pelo habilidoso técnico Claudio Coutinho, e que se tornaria uma das seleções mais respeitadas no cenário mundial, com a copa de 1982 ja liderada pelo maestro Telê Santana, nesses 4 anos de intervalo eu passaria de jogador de rachão de várzea a atleta com fortes chances de ser olímpico.

Apenas uma explicação ser atleta olímpico não significa ser atleta com chances de participar dos jogos, pois fui preparado psicologicamente por uma jovem chamada Sonia Ricette, que fez um convite a vários jovens da Fazenda Botafogo e esse convite se estendeu a mim pelos irmãos Mario e Sandra que ja treinavam no Botafogo de Futebol e Regatas.

Como o sonho era ser jogador de futebol declinei do convite, que foi feito da seguinte forma pela Sandra, "Robson vamos treinar atletismo"? Na mesma hora eu disse vou ver e não fui nada, dai então veio a Sonia com seu fusquinha carrinho caramelo e me fez o convite para treinar no Botafogo, eu então já fiz estabeleci uma conexão com o futebol e disse CLARO!!!

No sábado marcado encontrei a turma para seguirmos para o Botafogo, e chegando na avenida Brasil eu parei no ponto de ônibus com dinheiro apenas para duas passagens, ida para Marechal Hermes e volta para casa, só que a turma seguiu adiante, e eu não entendi nada, claro que fiz a pergunta e a resposta foi a de que, tínhamos que ir que seguir para Botafogo..., caraca minha vontade foi de voltar correndo, mas como sempre fui um sujeito de palavra segui.

Pegamos nosso ônibus para a Central do Brasil e de lá seguimos para Botafogo o que levou um tempão, quando chegamos para o primeiro treinamento, ou avaliação, um acidente ocorreu, um dos meninos que foi conosco ficou preso dentro de um banheiro, e subiu pela mureta para tentar sair, um outro disse que abriria a porta com um chute e realmente abriu, só que ao descer a porta atingiu a cabeça do rapaz e foi sangue pra todo lado, conclusão; o clima ja ficou pesado, e eu me perguntava, meu Deus será que é esse mesmo o meu destino?

Seguimos a avaliação, e na volta pra casa eu tive que dar calote no ônibus até o Centro da Cidade, andar até a Central o que não foi complicado, pular um muro e subir na plataforma do trem para Cascadura e pegar o 782 em direção a Fazenda Botafogo, e claro que tive que saltar fugindo pela porta de trás antes da fazenda, em Coelho Neto, isso num sábado para um garoto de 12 anos de idade, realmente era pra ser meu destino.

Daquela data em diante passei a treinar todo sábado, realizando essas manobras ousadas, até arrumar um emprego de zelador em meu prédio, e salvar a grana do busão, eu recebia apoio do mau Padrasto seu Joel e da minha mãe dona Georgete para isso e talvez tenha sido fundamental para no inicio de tudo, claro que a Sonia foi la em casa conversar com meus pais e tudo acabou funcionando super bem.

Depois conto mais sobre minha saga esportiva.

Abs e fiquem com Deus!!

Robson Caetano da Silva 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Vou escrever aqui o livro de minha vida posso??

Olá pessoal!!

Hoje eu só gostaria de escrever um pouquinho a respeito de vida, e como desperdiçamos esse dom divino com bobagens, brigas, magoas, discussões, xingamentos, arrependimentos, falta de respeito, guerras, incompreensão, ganancia, inveja, enfim, tanta coisa que alimenta o mal e com isso deixamos de viver o melhor de alguns poucos anos dos milhões, bilhões, trilhões que este universo permite a terra contemplar como espectador de uma grande peça teatral, apresentado pelo ser humano.

A longo de meio seculo vi, e vivi algumas poucas coisas tão lindas que, aprendi a deixar de lado o que me faz mal, e o que posso proporcionar de mal a alguém, apenas, decidi muito cedo não ser um pária na vida de ninguém, afinal dentro de nossos espetáculos escolhemos ser bandidos, ou mocinhos.

Eu escolhi ser mocinho, e decidi ser esportista, pois ser um bem feitor e defensor das fraquezas de cidadãos de bem como existe em nosso pais me deu muito prazer.

Quero escrever exatamente sobre este momento de minha vida como tudo começou se desenrolou e encerrou, e isso será escrito num livro, mas posso dizer que será uma aventura e tanto rs...!!

Me cobrem essa parte, pois preciso, quer e mereço ter minha história contada como herói verdadeiro, que saiu de uma favela e se tornou o melhor do mundo dentro do atletismo, que se colocou a disposição, sem esconder nada para apresentar um protagonista com muitas variáveis e cheio de encanto, com seus encontros e desencontros.

Minha saga é uma daquelas que crianças e jovens podem se inspirar e se reconhecer nela, pois tem coisas de extrema humildade e episódios de ostentação, numa verdadeira mistura de de cultura e aprendizado constante.

Como um camaleão as adaptações foram necessárias, e os sapos engolidos foram fundamentais para não viver uma vida amarga com todas as coisas que enumerei e outras mais, pois ser empurrado, excluído, ter o tapete puxado, encontrar falsos amigos, e ter as decepções, me tornaram uma pessoa melhor, pois nunca fiz nada apadrinhado, sempre conquistei tudo através do talento no esporte fazendo marcas excepcionais, e como profissional de comunicação através do jeitão espontâneo e muito comunicativo de ser.

Infelizmente vivemos uma sociedade em que, a injustiça se faz presente e você vale pelo que tem, pois suas habilidades não são julgadas pelo talento, e sim pelo que pode proporcionar de vantagem em algum momento, a sociedade te dá muito pouco para o que é preciso entregar.

A frase que mais me marcou quando era jovem foi: "Esse neguinho tem que trabalhar, eu arrumo para ele ser estivador no cais do porto", dita pelo meu avô quando descobriu que estava fazendo esporte, e isso me transformou num atleta perseguidor de medalhas e marcas.

Escreverei mais outro dia me cobrem ok??

Abs carinhosos aos amigos do medalhista olimpico Robson caetano Da Silva
    

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O dia hoje foi na Ilha Pura, a casa dos atletas na olimpiada do Brasil

Em visita ao empreendimento Ilha Pura fiquei impressionado com a qualidade e o acabamento dos predios e apartamentos, com vista para mar, lagoa, montanha os atletas vão ficar bem acomodados, neste bairro chamado Ilha Pura.


Paisagismo, Visagismo, area de lazer, num espaço de mais de 50 mil metros quadrados acomodaram os mais de 12 mil atletas, dirigentes, medicos, fisioterapeltas, masagistas, psicologos, treinadores, e o Brasil deve ficar nesta área, proxima do transporte, e do super restaurante que terá na vila.

A turma da imprensa compareceu para checar a obra e fazer alguns registros de imagem deste local incrível e eu claro me diverti muito, e ainda matei saudades de alguns companheiros reporteres cinematograficos rs...!!!!

Desde que todas as Venues ou locais de treinamentos, competições, acomadação dos atletas,  do IBC Internacional Broad Casting, responsavel por abrigar os jornalistas, muito foi criticado, hoje vendo como tudo está, perguntei ao Maurício Cruz diretor responsável pelo empreendimento que será vendido logo após os jogos, o que ele sentia em ver o quanto mudou aquela área, e ele disse que essa era a medalha que ele estava conquistando, numa alusão aos atletas que disputam vagas, lutam e se entregam para conquistar a medalha.

E realmente dá orgulho de ver tanta coisa sendo terminada dando uma nova perspectiva a todos os envolvidos com os jogos, parabens aos mais de 5 mil trabalhadores envolvidos nesta obra, aosresponsáveis e principalmente ao poder de gerenciamento do Comite Organizador dos primeiros jogos Olimpicos da America do Sul.






Robson Caetano Da Silva
www.robsoncaetanodasilva.com.br
Twitter: @robsoncaetano1
Instagram: robsoncaetanodasilva
Facebook: www.facebook.com/robsoncaetanodasilvafanpage